O que eu espero é que esse movimento "Junta Brasil" e "Passe Livre" tornem-se uma espécie de ministério público sem gravata, um glóbulo branco que ataque qualquer corpo estranho que venha lesar nosso organismo republicano.
Desde 1889 o povo foi excluído como ator político. Este mesmo povo teve tímidas aparições em 1985 e 1992 com manipulações claras daqueles que queriam continuidade no poder. Agora chegou a vez de dizer basta, com pautas locais e reivindicações de nível nacional.
Não é apenas uma questão, nesse instante se abriu um leque de questões, uma espécie de BASTA. Como esse basta vai ser absorvido por uma estrutura política petrificada? Nenhum estádio custou o que estava programado para custar, todos foram multiplicados por 2 ou 3 vezes.
Um Estado Brasileiro que usa mal os recursos
As ruas já arrancaram algumas conquistas como a PEC37 e o retrocesso das tarifas. Só o governo não entende a linguagem clara das ruas.
Há uma máfia que controla o transporte público em todas as cidades brasileiras. Aliás, está máfia é apoiada pelas prefeituras. Apenas para dar um exemplo a cidade de Juiz de Fora, de 530 mil habitantes tem 7 milhões de usuários ao mês do sistema de transporte público. A passagem aqui tem o custo de R$2,05 o que garante um lucro bruto de 14 milhões de reais ao mês. Será que os custos de manutenção da frota (que é escassa) e o pagamento de setores administrativo, jurídico, motoristas e cobradores ultrapassa os 7 milhões? Para onde vai esse dinheiro?
Porque os movimentos estão apartidários? Porque ultimamente nossos partidos não fazem política, fazem negócio. Dilma pode nomear 22 mil cargos de confiança.
O prejuízo trazido por quebradeira de algumas cercas e vidros será minimo perto do ganho político e social, da conscientização por parte da população brasileira que conquistas podem ser arrancadas nas ruas. São transtornos a curto prazo que trarão ganhos estruturais.
Não é apenas uma questão, nesse instante se abriu um leque de questões, uma espécie de BASTA. Como esse basta vai ser absorvido por uma estrutura política petrificada? Nenhum estádio custou o que estava programado para custar, todos foram multiplicados por 2 ou 3 vezes.
Um Estado Brasileiro que usa mal os recursos
As ruas já arrancaram algumas conquistas como a PEC37 e o retrocesso das tarifas. Só o governo não entende a linguagem clara das ruas.
Há uma máfia que controla o transporte público em todas as cidades brasileiras. Aliás, está máfia é apoiada pelas prefeituras. Apenas para dar um exemplo a cidade de Juiz de Fora, de 530 mil habitantes tem 7 milhões de usuários ao mês do sistema de transporte público. A passagem aqui tem o custo de R$2,05 o que garante um lucro bruto de 14 milhões de reais ao mês. Será que os custos de manutenção da frota (que é escassa) e o pagamento de setores administrativo, jurídico, motoristas e cobradores ultrapassa os 7 milhões? Para onde vai esse dinheiro?
Porque os movimentos estão apartidários? Porque ultimamente nossos partidos não fazem política, fazem negócio. Dilma pode nomear 22 mil cargos de confiança.
O prejuízo trazido por quebradeira de algumas cercas e vidros será minimo perto do ganho político e social, da conscientização por parte da população brasileira que conquistas podem ser arrancadas nas ruas. São transtornos a curto prazo que trarão ganhos estruturais.
Vitórias concretas já foram conquistadas: redução de tarifas em mais de sessenta cidades, adoção do piso nacional da Educação em algumas escolas e a nossa presidente e alguns governadores intransigentes abrindo-se para o diálogo. A bala e as bombas de gás deixaram de ser a única resposta.
O desespero do governo federal ficou claro com o próprio vice-presidente Temer se surpreendendo com o anúncio de Dilma, com ministros do Supremo Tribunal Federal alertando para a inconstitucionalidade de convocar uma constituinte por plebiscito popular. É preciso dialogar sim, mas sem desmobilização. É necessário manter o diálogo com mais pressão para que as mudanças realmente ocorram.
Ao angariarmos conquistas por meio de mobilizações, irá se enraizar na cabeça do povo brasileiro que é possível participar politicamente além do voto. Esse é o diferencial de outras nações em relação ao Brasil.
E nós, além de uma riqueza mineral, florestal e potencial agrário sem igual teremos finalmente cidadãos. Ninguém vai segurar este país.
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