A nossa fé está toda ela centrada em
Jesus Cristo, o Filho único e bendito do Pai, testemunhado pelos apóstolos e por
muitos. No entanto, aqueles que não crêem nisto, às vezes querem negar até a
exitência histórica de Jesus, como se Ele tivesse sido apenas um mito. Mas hoje
em dia esta tese já quase não tem mais adeptos, em face das evidências
históricas e científicas. Há documentos cristãos e não cristãos (romanos e
judeus) que falam de Jesus. Os cristãos já os conhecemos bem: os Evangelhos, as
Cartas do Apóstolos, os escritos dos Santos Padres, etc..
Documentos
romanos:
Entre os anos 110 e 120 três escritores romanos, não cristãos,
deixaram o seu testemunho sobre Jesus. São documentos com menos de cem anos após
a morte de Cristo, e informam com exatidão sobre o lugar e a época em que Jesus
viveu. Consideram Jesus como um personagem histórico, e não como um
mito.
1. O mais importante é o de Tácito que escreveu por volta do ano
116, falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64. Tácito apresenta uma
notícia exata sobre Jesus, embora curta. ´Um boato acabrunhador atribuía a Nero
a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou
culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas
suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm´lhes de Cristo,
que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio
Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu´se de novo, não
somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de
Roma´(AnaisXV, 44).
2. Plínio o Jovem, Governador romano da Bitínia
(Asia Menor), escreveu ao imperador Trajano, em 112: ´...os cristãos estavam
habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um
cântico a Cristo, que eles tinham como Deus´ (Epístolas, I.X 96)
3.
Suetônio, no ano 120, referindo´se ao reinado do imperador romano Cláudio
(41´54), afirma que este ´expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de
Chrestós (forma grega equivalente a Christós), se haviam tornado causa frequente
de tumultos´ (Vita Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato de Atos
18,2 (´Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma´); esta expulsão
ocorre por volta do ano49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo
estivesse em Roma, provocando as desordens. Os judeus foram expulsos de Roma por
outros motivos.
Documentos Judaicos:
1. O Talmud dos judeus
apresentam passagens referentes a Jesus. Talmud é uma coletânea de leis e
comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus. A importância
destes documentos está em que, embora eles se opunham a Jesus, não negam a sua
existência, embora procurem interpretar a tradição cristã de maneira a
ridicularizá´la. É claro que eles não teriam a preocupação de combater um
personagem que fosse apenas um mito. Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da
Babilônia: ´Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré.
Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: ´Merece ser lapidado,
porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo
para o justificar venha proferí´lo!´ Nada, porém se encontrou que o
justificasse; então suspenderam´no à haste na véspera da Páscoa.´ Aqui os
próprios judeus dão um testemunho claro da morte de Jesus por crucifixão, embora
distorçam os fatos, procurando ridicularizar o Cristo, em quem não acreditavam.
2. Flávio Josefo (historiador judeu, 37´95):
´Por essa época
apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque
Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a
verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos
príncipes da nossa nação, Pilatos condenou´o ao suplício da Cruz, mas os seus
fiéis não renunciaram ao amor por Ele, porque ao terceiro dia ele lhes apareceu
ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas juntamente com mil outros
prodígios a seu respeito. Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa,
recebeu o nome de cristãos´(Antiguidades Judaicas, XVIII, 63a). Alguns críticos
põem em dúvida; alguns acham que os louvores a Cristo feito por Flávio José,
foram colocados pelos cristãos; no entanto, é certo de que o escritor judeu
atesta a sua convicção de que Jesus foi um personagem
histórico.
Documentos Cristãos:
Os Evangelhos narram detalhes
históricos, geográficos, políticos e religiosos da Palestina. São Lucas, que não
era apóstolo e nem judeu, fala dos imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os
governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias, Anás e
Caifás (Lc 2,1;3,1s); São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos dos
fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6); São João cita detalhes do
Templo: a piscina de Betesda (Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e
muitas outras coisas reais. Os apóstolos e os evangelistas não podiam mentir,
pois viviam e pregavam num ambiente hostil, tanto por parte dos judeus quanto
por parte dos romanos, e a mínima mentira deles seria prontamente denunciada
pelos adversários. Os apóstolos e evangelistas nunca teriam inventado um Messias
do tipo de Jesus: Deus´homem, crucificado (escândalo para os judeus e loucura
para os gregos ´ 1Cor1,23). Os relatos dos Evangelhos mostram um Jesus bem
diferente do modelo do Messias ´libertador político´que os judeus aguardavam.
Além do mais, homens rudes da Galiléia não teriam condições de forjar um Jesus
tão sábio, santo, inteligente, desconcertante... Os milagres que Jesus fez –
cerca de 40 – que os evangelistas narraram (24Mt; 22Mc; 24Lc; 9Jo) jamais
poderiam ter sido inventados pela mente dos cristãos. Sem eles, aquele povo não
teria o entusiasmo de seguir Jesus, mesmo após a sua morte na cruz. A doutrina
que Jesus pregava era de díficil vivência (´entrai pela porta estreita´, ´amai
os vossos inimigos´, condenava o divórcio tão comum entre os judeus, etc.) e não
era adequada a gerar entusiasmos. O escritor romano Tácito, falava do
cristianismo como ´desoladora superstição´, e Minúcio Felix, falava de doutrina
indigna dos gregos e romanos.
Sem a realidade dos milagres, e de modo
especial a Ressurreição, o Cristianismo não teria vingado na Palestina e teria
sido aniquilado pelos doutores da lei. Sem a Ressurreição de Jesus, o milagre
decisivo, o Cristianismo estaria baseado na falsidade de um crucificado, doente
mental, ou farsante...e na alucinação de alguns rudes pescadores da Galilëia.
Mas não, tudo foi verdade!
Isto mostra a veracidade de tudo o que os
Evangelhos narram. É preciso lembrar ainda que o zelo da Igreja pela verdade dos
fatos, fez com que ela rejeitasse como não autênticos muitos textos apócrifos,
por serem cheios de fantasias e maravilhas não comprovadas. Será que poderia um
mito ter vencido o Império Romano?
Será que um mito poderia sustentar os
cristãos diante de 250 anos de martírios e perseguições? O escritor cristão
Tertuliano (†220), de Cartago, escriveu que ´o sangue dos mártires era semente
de novos cristãos´.
Será que um mito poderia provocar tantas conversões
ao Cristianismo? No século III já haviam cerca de 1500 sedes episcopais em toda
a Igreja.
Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que começou cm
doze homens simples, e que já tem 2000 anos; já teve 264 Papas, tem hoje mais de
4000 bispos e 410 mil sacerdotes?
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