A máxima de Antonil de que " “Os Escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente” (ANTONIL, 1982, p.89) também se aplicava às minas. Como tais, estavam inevitavelmente suscetíveis às intempéries e dificuldades da economia mineradora.
Certamente, a descoberta de ouro na última década do século XVII gerou um enorme fluxo imigratório para região. Segundo estimativas do brasilianista Russel-wood, entre os anos de 1698 e 1717, chegavam anualmente entre 2500 a 2700 escravos provenientes das mais diversas regiões da África e do Nordeste açucareiro. (Escravos e libertos no Brasil Colonial p. 55.)
Desde o último quartel do século XVI a predominância de escravos enviados de Angola era inquestionável. Os bantos, provenientes dessa região, encontravam-se espalhados pelos engenhos de açúcar de Pernambuco e Bahia. A criação do porto de Luanda permitia uma viagem mais curta para os portos brasileiros. Entretanto, ao final do século XVII, diversos fatores dos dois lados do Atlântico contribuíram para uma mudança no comércio negreiro.
A absoluta maioria dos acusados de feitiçaria executavam
suas práticas isoladamente, sendo um dos poucos casos de rituais coletivos os
famigerados calundus e, em menor número, de invocação coletiva do demônio.
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