Provavelmente, africanos que dominavam práticas mágicas comuns em seus territórios originais foram demonizados e interpretados como feiticeiros pela Igreja na América Portuguesa.
Os registros das visitações eclesiásticas mostram claramente que muitos daqueles que foram acusados de feitiçaria utilizavam em seus rituais elementos cristãos. De acordo com o africanista John Thorton boa parte dos africanos enviados para a América na categoria de cativos provavelmente "possuíam um grande conhecimento do cristianismo antes do embarque [em portos africanos]" p.335.
Alguns mágicos, quando eram questionados pelo visitador sobre as virtudes de seus poderes, negavam a prerrogativa do Bispado de que tivessem algum pacto com o demônio e, às vezes, argumentavam em defesa das virtudes sagradas de suas habilidades mágicas.
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