sábado, 23 de novembro de 2013

Roma - Antiguidade Clássica - como os romanos viviam? Quais os períodos históricos?

Para que servem os centuriões?

Para que não me caiam os calções? - como diria o nobre César interpretado por Roberto Gómez Bolaños. Não, na verdade servem para conquistar um império.

Coragem, assassinatos, luxúria, conquista e poder foram características marcantes do Império Romano. Nesta época eles desenvolveram uma tecnologia  sem igual e lançaram a base da cultura ocidental. Essas são as pedras basilares do império romano. As construções colossais de Roma: estádios, palácios, estradas, aquedutos, se espalharam por 3 continentes e revelaram o poder e a promessa da civilização mais avançada do mundo.

Mas embora os romanos tenham dominado a paisagem com enormes feitos de engenharia, eles foram impotentes para evitar a própria auto-destruição.

"Eles foram motivados por um ego cultural coletivo".

Rômulo, Remo e a Loba mítica.
Tradicionalmente, Roma foi fundada por dois irmãos, Rômulo e Remo, filhos de Marte (Deus da Guerra, nada mais natural para um império expansionista). Ambos foram criados por um loba (animal mais forte da Europa). Remo foi morto por Rômulo em uma discordância de liderança. Esse mito ecoou por toda a história romana, recheada de assassinatos e traições.

A Intervenção das Sabinas - óleo sobre tela de Jacques-Louis David 1799


Inicialmente, Roma era um dos pequenos reinados que lutava pelo poder na península itálica. A origem deste grande Império origina-se da fusão de diversas aldeias rudimentares às margens do rio Tibre. Apesar dos detalhes oficiais dessa história terem se perdido no tempo, permanece a versão mitológica. Segundo ela, após assassinar seu irmão, Remo, primeiro rei romano, bêbado em uma festa, decide juntamente com etruscos e latinos, raptarem todas as jovens de uma tribo vizinha, os poderosos sabinos (que não sabiam de nada). Algum tempo após o rapto, os sabinos resolveram contra-atacar. A guerra, porém, não teve um desfecho esperado. Àquela altura, as mulheres raptadas tinham se tornado mães e esposas de seus algozes e interferiram no conflito na esperança de promover a paz. Foi dessa união que proveio, mitologicamente, o povo romano.

Períodos

Sua história é dividida nos seguintes períodos:
  • Monarquia (753-509 a. C.);
  • República (509-27 a.C);
  • Império (27 a.C.-476).


Villa de Adriano
Mitologia


A maior parte da mitologia romana, deriva, invariavelmente, da mitologia grega. O romano, que impregnava a sua vida pelo numen, uma força divina indefinida presente em todas as coisas, estabeleceu com os deuses romanos um respeito escrupuloso pelo rito religioso – o Pax deorum – que consistia muitas vezes em dançasinvocações ou sacrifícios.

  • Vênus, a deusa romana do amor e da beleza é Afrodite dos gregos.
  • Netuno, o deus romano que governava os mares, enquanto seus irmãos governavam o restante do planeta é poseidon
  • Plutão (Hades) rapta Prosérpina (Perséfone), ela então passa metade do ano no subterrâneo e metade do tempo na superfície com sua mãe Ceres (Deméter). Trata-se de uma alegoria ao ciclo das estações ou das sementes.
Confira abaixo a equivalência entre os Deuses gregos e romanos


Nome helênico
Atribuição
Nome romano
Cronos
Deus do Tempo
Saturno
Gea
Deus da Terra
Tellus
Zeus
Deus do céu
Júpiter
Hera
Deusa do Matrimônio e do Lar
Juno
Atenea
Deusa da Sabedoria
Minerva
Artemis
Deusa da Caça
Diana
Apolo
Deus da arte, da beleza e da luz
Febo
Hermes
Mensajeiro e Deus do comércio
Mercurio
Ares
Deus da Guerra
Marte
Hefesto
Deus do fogo
Vulcano
Afrodite
Deusa da Beleza
Venus
Eros
Deus do Amor
Cupido
Poseidón
Deus do Oceano
Neptuno
_______________________________________________________________
_______________
Deméter
Deusa da Agricultura


Deus do Vinho
Baco
Asclepios
Deus da Medicina.
Esculapio
Hades
Deus dos mortos e do subterrâneo
Plutão
Perséfone
Deusa do subterrâneo
Proserpina
Heracles
Semi-Deus
Hércules
Odisseo
Herói da Guerra de Tróia
Ulisses



Construções e Engenharia

O primeiro feito da engenharia romana foi a construção da cloca máxima. Uma grande rede de esgoto que funciona até hoje, 2500 anos após sua construção. Roma sempre manteve uma cultura cosmopolita, abrigando em seu bojo pessoas remanescentes das mais diversas culturas. Isso garantiu uma rápida assimilação de novas tecnologias. Por volta do século IV, Roma já dominava boa parte da Península, e seus engenheiros expandiam a infraestrutura por toda a região.

Na Antiguidade existiam apenas dois tipos de transporte:
  • Terrestre: a pé, por carroças, cavalos e mulas.
  • Fluvial e Marítimo: por barcos, canos e galés. 
As estradas tal e qual a conhecemos hoje não existiam antes da criação do Império Romano. Até que em 312 a. C. foi construída a via Ápia. Estrada que ficou famosa por conectar Roma a Cápua, região da célebre revolda de escravos liderada por Espartacus. Os rebeldes foram crucificados no decorrer dessa famosa estrada. Ela possuía 212 quilômetros.

É interessante ressaltar que os romanos não conseguiam fazer curvas. Suas estradas eram retas e, quando diante de algum obstáculo, faziam um desvio de 90 graus.

Após a derrota de Cartago, Roma era a única potência do mundo Mediterranico. 

Augusto expandiu as estradas romanas por toda a Europa, norte da África e Ásia. Surgiram cidades com fóruns, teatros, anfiteatros. Londres e Paris são cidades originalmente transformadas pelos romanos.
Pont du Gard, Remoulins, França

Um dos segredos da estrutura romana foi a Pozzolana, nome derivado da localidade italiana de Pozzuoli, nas imediações do Vesúvio, cujas cinzas vulcânicas davam grande consistência ao concreto utilizado por romanos. Eles estavam predestinados a dominar e construir em sua própria essência. Com a Pozzolana, eles passaram a construir até mesmo dentro da água, construindo piers, pontes e portos.

Mas talvez, a construção romana que mais tenha alterado a vida cotidiana foi a construção de Aquedutos e o fornecimento de água corrente para toda a cidade. É interessante ressaltar que essa tecnologia foi utilizada até mesmo pelo Brasil no século XVIII e XIX.

Se os nossos ouvintes quiserem ver os aquedutos, na minha opinião o mais belo está em Catas Altas e era utilizado basicamente para lavar o cascalho da mineração.

O outro está no Rio de Janeiro e compõe o famoso cartão postal: os arcos da Lapa.

Em Roma, 11 linhas levavam água da Península para a capital.800 milhões de litros por dia. Essa água não chegava apenas aos jardins e vilas dos patrícios mas também aos mais pobres plebeus e escravos.

Com isso, durante a Antiguidade, Roma conseguiu sustentar em seu período áureo uma população de 1 milhão de habitantes, número que não foi igualado até o século XIX. Limpeza, conforto, banhos, saunas, eram as características marcantes da capital.

Em teoria, os aquedutos não são complicados de construir. A água sempre busca o ponto mais baixo e com uma queda levemente acentuada, ela é levada de um ponto ao outro. Na prática, criar um aqueduto é extremamente complicado. A queda da água variava alguns centímetros a cada 30 metros. De forma que, a queda de um aqueduto tinha que ser calculada a larguíssimas distancias, algumas vezes até 60 quilômetros de suas fontes e tinha que avançar sem grandes declives, independente das condições do terreno. Quando diante de montanhas, os engenheiros faziam túneis perfeitos, sobre grandes depressões, elevações arqueadas garantiriam a queda gradual da água.

Outra grande revolução da engenharia romana foram os arcos plenos. Eles exigem um gasto menor de material e são mais resistentes que uma parede reta. Eles são construidos sobre colunas onde uma estrutura de madeira os sustenta em 180 graus até que a pedra armilar seja colocada ao centro distribuindo o peso sobre as colunas.

O que a engenhosidade romana conseguiu no primeiro século depois de Cristo a Idade Média não conseguiu em seus 11 séculos de história.

Nessa época uma em cada três pessoas era escrava. Foi a mão de obra escrava que garantiu as construções grandiosas de roma. Vinhedos, jardins e pastos para animais exóticos cobriram o que antes era o centro de Roma. O centro da propriedade era um grande lago artificial.

A abóbada parte do mesmo princípio do arco, que nada mais é do que um arco estendido ao longo do eixo.


Combates nas arenas


Murmillo vitorioso sobre um Retiarius - Jeán-Leon Geróme 1872


Alguns filmes e execuções teatrais, além, claro, de pesquisas mal feitas nos levam a crer que os combates nas arenas eram caóticos. Homens com diversos tipos de armamentos enfrentando-se em qualquer regra em meio a animais selvagens. Mas não era assim, existiam uma série de regras nesses combates. A maioria delas era determinada pelo tipo de armamento dado a cada lutador: Aquela luta de Máximus do filme O Gladiador, por exemplo, jamais poderia acontecer, dois secutores não se enfrentavam. 

TRÁCIO
Havia pelo menos seis tipos de gladiadores comuns e outros dois a cavalo. Os trácios eram os únicos a lutar com a sica, uma espada curva. Como usavam um escudo pequeno, eles tinham também chapas de metal para proteger as pernas. O capacete com plumas era outra marca registrada
SECUTOR
Treinado para encarar o retiarius, era um "tanque de guerra" bem protegido. Tinha um grande escudo retangular e capacete mais liso (para não prender na rede do retiarius) e com pequenos buracos para os olhos (para evitar as pontas do tridente). Sua arma era uma espada
DIMACHAERI
Há poucos registros sobre este tipo de gladiador - os historiadores não sabem ao certo nem quem ele enfrentava nas arenas. Mas, pelo fato de usar só duas espadas, alguns especialistas acreditam que o dimachaeri era um dos gladiadores mais bem treinados
RETIARIUS
Era o tipo mais ágil e veloz, mas também o mais indefeso, pois tinha pouca proteção - nem sequer usava capacete. Encarava gladiadores "pesados",como o secutor, usando só uma rede e um tridente. Para finalizar a luta, contava ainda com uma adaga
MURMILLO
Tinha o apelido de "homem-peixe" por usar um capacete com o desenho de um peixe na lateral. As armas e proteções eram similares às do secutor, podendo variar o escudo. As lutas entre trácios, murmillos e retiarius eram consideradas os verdadeiros clássicos das arenas
HOPLOMACHUS
Homenageava os guerreiros das falanges gregas, por isso portava uma lança, que podia ser usada junto com uma adaga ou com uma espada. Tinha boas proteções para o corpo, como o secutor, mas precisava se virar apenas com um pequeno escudo circular
ANDABATI
A cavalo, os andabatis se enfrentavam com um capacete com o visor tampado. É isso mesmo, um combate às cegas, sem escudo e portando apenas uma espada! Eles não eram do mesmo nível dos outros gladiadores e serviam mais como um "alívio cômico" durante os jogos
EQUITES
Gladiadores montados bem mais sérios que os andabati, combatiam entre si com uma lança e um escudo circular médio. Em alguns duelos, trocavam a lança por uma espada. Os equites podiam lutar em pares ou em grupos - atuando como uma cavalaria
Gladiadores Famosos
Assim como jogadores de futebol como Garrincha, Nilton Santos, Heleno de Freitas atingem a fama em nossos dias atuais, os gladiadores também ficavam famosos por suas performances. 

Vero e Prisco - Dois grandes exemplos foram Vero e Prisco. Ambos foram dois escravos que se converteram em gladiadores famosos durante os reinados de Vespasiano e Tito, até finais do século I. O combate que ambos mantiveram foi o momento culminante do dia de abertura dos Jogos inaugurais do Coliseu, com os quais foi aberto o Anfiteatro Flávio (mais tarde conhecido como Coliseu) no ano 80.
O combate foi registado num poema laudatório de Marco Valério Marcial, e constitui a única descrição pormenorizada de um combate de gladiadores que chegou até aos nossos dias. Ambos os gladiadores foram declarados vencedores do combate, e ambos foram premiados pelo imperador com a liberdade.
Espártaco -  foi um gladiador de origem trácia (sul da Bulgária e norte da Grécia), líder da mais célebre revolta de escravos na Roma Antiga, conhecida como  "Guerra dos Escravos" ou "Guerra dos Gladiadores". Espártaco liderou, durante a revolta, um exército rebelde que contou com quase 100 mil ex-escravos.

Imperadores Bizarros

Tibério - o triste (14 a 37 d. C.) - Era o segundo preferido na sucessão de Augusto ao trono de Roma. Após a morte do general Marco Agripa, o imperador Augusto obrigou Tibério a se separar de sua noiva VipSânia e a casar-se com a viúva do general: Júlia. Tratava-se de ninguém menos que sua própria sogra. 

Calígula, o louco (37 a 41 d.C.) - Caio César Germânico entrou para a história marcado pelo seu apelido caligula (diminutivo de caliga, sandálias usadas pelos soldados romanos que ele usava enquanto acompanhava o pai, um general, aos campos de batalha. Promovia orgias, incestos e nomeou (ou tentou nomear segundo alguns historiadores) seu próprio cavalo como cônsul: Incitatus. Ele ainda mandou construir um templo em sua própria homenagem 

Cláudio - o frágil  (41 a 54 d.C.) - o grande construtor de aquedutos era gago, deformado e amava demasiadamente suas esposas. Casou-se com uma de suas sobrinhas: Agripina, mulher extremamente sedutora e maquiavélica.Através de sua beleza e persuasão ela convenceu seu marido a nomear como herdeiro seu filho de um casamento anterior como herdeiro. Quatro anos depois o imperador morria envenenado. O herdeiro era ninguém menos que Nero, um tirano de 16 anos. Famoso pelo incêndio de 64.

Nero - Após o incêndio, supostamente criminoso, Nero confiscou um terço da cidade incendiada como propriedade particular e construiu um complexo sistema de palácios que ocupava o centro de Roma. Com isso, vieram os boatos de que o próprio imperador tinha colocado fogo na parte da cidade onde ele queria construir seus palácios. O imperador acusou os cristãos, com isso, várias pessoas desse novo culto foram queimados e enforcados nas ruas de Roma.

Além disso, ele entregou a cabeça da ex-esposa para a nova mulher a pedido dela para pouco tempo depois mata-la grávida a chutes em um acesso de raiva. Além disso, atribuem a ele o assassinato da própria mãe que lhe garantiu a vida e o poder. Ela pediu para ser esfaqueada no útero e Nero acabou completamente louco, assombrado pelo fantasma da mãe.

Imagine que toda Copacabana e Ipanema fosse incendiada e se tornasse um palácio particular de Roberto Justus. Nero fez isso na época, no coração da cidade, onde a elite romana vivia.



Cotidiano na cidade de Pompéia

Pompéia é, sem dúvida, a disneylândia de qualquer historiador.Imagine uma cidade que, por praticamente 2000 anos ficou intocada, paralisada no tempo. Nenhum bárbaro, saqueador ou curioso tocou-lhe depois que o vulcão Vesúvio soterrou a cidade no primeiro século da Era Cristã. A cidade ficou sob 7 metros de lava e terra ressurgindo em 1748 com as escavações que deram inicio à arqueologia moderna.

  • Não tinha escolas
Pichações

Pichações: Geralmente imaginamos Grécia e Roma como duas cidades repletas de mármores brancos, sábios com longas barbas vestidos com togas brancas e centuriões com capas vermelhas e elmos brilhantes. No entanto, o cotidiano esteve muito longe disso. Haviam pichações em várias partes das cidades antigas. Nisso, o seriado Roma da HBO, retrata muito bem. Galinhas ciscando nas ruas. Aliás, uma coisa que eles adoravam pichar eram piruzinhos espalhados por toda a cidade. 
  • Algumas eram feitas sorrateiramentes e outras com autorização do proprietário. Na fachada de uma tecelagem encontra-se: "Cuculla que Júlio Políbio como magistrado"
  • Era comum também mulheres colocarem seus desejos nos muros: "Fortunata deseja Marcello"
  • As paredes dos  bordéis funcionavam como um facebook da Roma antiga: "Feliz o homem que dorme com você essa noite! Eu estaria feliz se fosse comigo." "Lucius está dormindo com Caesus" ou "Vim aqui, saciei meu desejo e depois fui para casa". 
  • Além disso, era possível ver pessoas oferecendo negócios como: "Se alguém perdeu um cavalo com cestos carregados no dia 25 de novembro. procurar em..." ou "Júlia Félix, filha de Spurios, oferece aluguel de cinco anos, contrato renovável, quartos no térreo, banheiros e apartamentos no primeiro adar"
Fast food romano




Em Pompeia havia muito de um serviço parecido com o nosso fast food. Em certos estabelecimentos, na beira da calçada havia um balcão cheio de bocas era aquecido por baixo com fogo a lenha, mais ou menos como um bufê de restaurante a quilo. Em cada uma das bocas ficava uma comida diferente que o cliente pedia e levava. A cidade tinha 15 mil habitantes e foram encontrados mais de 200 bares e lanchonetes espalhados. Isso corresponde a um buteco para cada 60 habitantes. 


Ruas de Pompéia


As ruas tinham calçadas e  algo semelhante à moderna faixa de pedestres. Grandes pedras retangulares com a altura da calçada atravessavam as ruas em vários pontos. Quando chovia as ruas viravam rios de água e deste modo as pessoas podiam atravessá-las sem molharem-se. Já as carroças e veículos a rodas passavam pelos vãos entre as pedras. Estas carroças, por tanto passarem nas ruas, acabaram deixando dois sulcos nas pedras. 


Lupanarium


Na cidade arruinada um dos locais que mais atrai turistas, com certeza, é o famoso lupanarium, palavra derivada de lupa, loba, em latim, que é uma gíria da época para designar as prostitutas.


O lupanarium é um dos inúmeros bordéis da cidade, porém é o mais luxuoso. Ao entrar o visitante se depara com um corredor cheio de portas laterais. Cada uma daquelas portas é um pequeno quarto privativo onde há uma cama. Sobre as portas, pinturas eróticas mostram as mais variadas cenas e posições sexuais, além de um grande afresco de Priapo, o deus da fertilidade, representado bifálico.

Há um andar de cima, com mais quartos, além de alojamentos para as prostitutas e uma latrina, localizada no fim do corredor. Nas paredes das alcovas, há rabiscos em latim vulgar, ou seja, o latim do povo, que é um pouco diferente do latim clássico, falado pela nobreza. Estes rabiscos descrevem noites, lamentações por haver contraído alguma doença venérea ou o nome de alguma lupa que fez a noite inesquecível.


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