quarta-feira, 17 de julho de 2013

O mundo dos documentos inquisitoriais e eclesiásticos guardavam histórias que alegavam veracidade, que tinham sido ratificadas como verdadeiras por testemunhas e utilizadas como base para a punição de transgressores da fé na tentativa de impor uma ortodoxia religiosa nas Minas. No entanto, podemos reinterpretar esses documentos pelas dúvidas e questionamentos que eles apresentam, por exemplo, testemunhas que não sabiam definir o mágico como "feiticeiro" ou "adivinho", benzedores que não reconheceram em sua atividade a interferência demoníaca, pessoas que protegeram benzedores e curandeiros diante das mesas de visitação.

Além de ter sido a primeira sede do poder episcopal nas Minas, Ribeirão do Carmo, ao lado de Vila Rica, também exerceu ao longo de sua história importante papel de paragem nas rotas de tropeiros, mercadores e viajantes em geral. O intrincamento do caminho dos diamantes, do caminho novo e do caminho velho tornavam estas duas cidades no epicentro das Minas. 

Nota: vila fundada pelos bandeirantes taubateanos liderados por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça e Miguel Garcia de Almeida e Cunha, erigida em 1711, em 1745 foi elevada à categoria de Cidade recebendo o nome da Rainha de Portugal, esposa de D. João V: Mariana.

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