quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Durante o dia membros da elite branca dirigiam-se para as Igrejas e oratórios. Durante a noite, participavam de calundus, abrigavam feiticeiros em sua casa, solicitavam serviços aos benzedores e curandeiros. Encruzilhadas, fazendas ou mesmo suas casas citadinas tornavam-se abrigo de práticas ortodoxas

No entanto, essas comitivas são relativamente modestas para a importância da jornada que visitadores iriam empreender.

O papel de feiticeiros, curadores, benzedores e adivinhos se confundem e se sobrepõem.

Em geral, existiu e persistiu, apesar da ação incisiva da Igreja, uma enorme simpatia popular por estes três últimos em detrimento do feiticeiro. Destaca-se o papel dos mágicos que dominavam práticas de cura ortodoxas e possuíam um conhecimento herbário capaz de aliviar dores e até de evitar a morte. Foram eles que receberam as maiores regalias e os melhores pagamentos por seus serviços.

Os visitadores percorriam do Rio de Janeiro até as partes mais remotas da Comarca do Serro do Frio.

Mariana foi a primeira vila criada na Capitania do Ouro, como também a primeira capital, a primeira cidade e a sede do primeiro Bispado. Nas palavras de Augusto de Lima Júnior "Capital espiritual e religiosa das Minas, foco de onde se irradiou a cultura sagrada e profana (...) baluarte da Igreja Católica, Apostólica, Romana" na região. JUNIOR, Augusto de Lima. As primeiras vilas do ouro. Belo Horizonte: Gráfica Santa Maria, 1962. p. 29.


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