O primeiro relato é do governador
Ele não deixa de mencionar a forte crença da população
nessas crendices
Ordenações afonsinas e manuelinas
As pessoas colocavam em risco sua segurança, sua reputação
e, ainda mais importante, a salvação de sua alma. Procurar ou abrigar um
feiticeiro expunha o indivíduo a um grande risco.
Durante todo o século XVIII os feiticeiros serão procurados,
banidos, denunciados e castigados. Em meados do XIX este combate
Paranóia de Luzia da Silva
Em Março de 1711, durante o reinado de D. João V, um livro
passou a ser sistematicamente apreendido e destruído: “Cultura e Opulência no
Brasil por suas drogas e minas”. Publicado por João Antônio Andreoni, mais
conhecido pelo pseudônimo de André João Antonil, esta obra revelava pormenores
da produção de açúcar, ouro, tabaco e gado na América portuguesa.
Em seu primeiro capítulo Antonil reserva conselhos aos senhores de escravos
Nesta obra é possível ler pormenores da economia colonial e,
por vezes, aspectos interessantes do cotidiano. Em seu primeiro capítulo o
jesuíta Antonil recomenda cautela aos senhores ao punir seus cativos.
Este apontamento de Antonil não é gratuito. O medo senhorial
sempre foi uma constante nas minas e nas casas grandes.
Coincidentemente, no ano em que o Conde de Assumar deixou o
governo da capitania, o Bispado de São Sebastião do Rio de Janeiro passou a
organizar visitações ao território mineiro.
O terceiro Conde de Assumar era um homem culto e bem
preparado para o cargo. Temos assim a visão de um nobre reinol português sobre
a magia multifacetada das Minas
O SOL E A SOMBRA: POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO NA
AMÉRICA PORTUGUESA DO SÉCULO XVIII, de Laura de Mello e Souza. São Paulo: Editora
Companhia das Letras, 2006
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